O Transtorno Opositivo Desafiador — TOD — é descrito no DSM, como parte dos Transtornos de Comportamento Disruptivo, cujas características são comportamentos desafiantes, negativistas e desobedientes, principalmente diante figuras de autoridade. Fazem parte desse grupo também o TDAH — Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade — e o Transtorno de Conduta.
Os sintomas do TOD podem aparecer em qualquer momento da vida, mas é mais comum entre os 6 e 12 anos.
O TOD é uma condição responsável por comportamentos que são completamente restritivos em ambientes sociais. As crianças e os adolescentes incluídos neste quadro, costumam manifestar momentos de raiva, insubordinação, teimosia constante, hostilidade, sentimento de vingança e uma grande dificuldade em obedecer a regras quando solicitadas.
É preciso considerar a hipótese de TOD quando os sintomas causam prejuízos significativos na vida do sujeito. Isso porque os comportamentos presentes no transtorno restringem a vida social da pessoa, devido às manifestações constantes de raiva, teimosia, hostilidades e insubordinação.
Toda criança e adolescente pode apresentar comportamentos dessa ordem em alguma fase da vida. Por isso, o diagnóstico de TOD é feito quando os sintomas persistem por mais de seis meses e ocorrem em diversos ambientes.
Para diagnosticar o TOD, é preciso verificar a presença de pelo menos quatro dos seguintes sintomas:
•irritabilidade e acessos de raiva constantes;
•discute com adultos ou figuras de autoridade;
•desafia regras e instruções;
•faz coisas deliberadamente para aborrecer a terceiros;
•culpa os outros pelos seus próprios erros;
•se sente ofendido com facilidade;
•tem respostas coléricas quando contrariado;
•é rancoroso e vingativo quando desafiado ou contrariado.
As causas do TOD não são conhecidas, mas segundo evidências, fatores neurofisiológicos podem influenciar o desenvolvimento do transtorno. Assim como um ambiente familiar conturbado e ambíguo, no que se refere a educação dada pelos pais, pode contribuir para o surgimento do TOD, bem como, acredita-se que a base dos relacionamentos familiares parece ser um fator importante para o desenvolvimento do distúrbio: violência doméstica, abuso sexual, abuso físico, negligência, abuso de álcool e drogas pelos pais, bem como conflitos familiares, podem desencadear o Transtorno na criança.
Como lidar com o Transtorno Opositivo Desafiador?
A primeira coisa a ser feita é procurar acompanhamento especializado, sobretudo neurologistas, psiquiatras ou psicólogos. Sem o auxílio profissional, qualquer iniciativa pode ser em vão. Vamos às formas de lidar com crianças que convivem com TOD:
– Procure falar a mesma língua do pequeno e, em princípio, tente concordar com aquilo que está relacionado às regras e ao cumprimento das rotinas diárias;
– Muitos pais contam com o auxílio de profissionais, como babás, na condução de seus filhos. A presença desse pessoal é de extrema importância. No entanto, é imprescindível que pais e mães não deleguem toda a criação para as babás. A presença dos progenitores deve considerável em momentos da vida da criança;
– Falar de forma clara e objetiva ao dar ordens. Isso impede que o pequeno ganhe espaço para rebater as orientações dadas. Fale de forma a convencer antes de qualquer contra-argumento e assuma a postura de quem realmente manda;
– Elogie o que o pequeno faz de bom e não se esqueça de ressaltar mais seus acertos em vez de apontar de maneira reiterada os seus erros;
– É válido ressaltar que conviver e conhecer as preferências, gostos e momentos gostosos junto da criança são excelentes para auxiliar na interação e aumenta o vínculo afetivo. Este, por sua vez, tem o poder de induzir a uma adesão, um engajamento desta criança a cumprir regras e rotinas pré-definidas pelo cuidador, pois ela tende a se sentir recompensada;
– Vale lembrar que as dicas para lidar com o TOD, mencionadas acima, podem ser aplicadas na escola. Porém, os profissionais não devem se esquecer de quatro medidas indispensáveis na condução de tais atitudes no ambiente em questão:
– A psicoeducação ou treinamento da equipe escolar (professores, gestores e outros colaboradores do ambiente letivo);
– Treino de habilidades sociais, prevenção;
– Manejo do bullying;
– Reforço escolar na maioria dos casos;
-Tenha cuidado ao discutir algo da relação de casal perto da criança (caso more c/ o cônjuge)
– Nunca use de agressividade e Violência;
– Fortaleça a autoestima da criança, fazendo-a sempre se superar em boas ações;
– Em absolutamente todas as situações utilize a boa conversa;
– Trabalho em equipe com Práticas de esportes e atividades em equipe geram disciplina, assim como, cooperação e dinamismo;
– Repreender sempre, porém, com calma e sabedoria;
– E tenha Paciência!