A mente do ansioso é extremamente frágil aos estímulos, justamente por estar desconectada do aqui e agora, focada em expectativas ou medos irracionais de uma possibilidade futura. Não interpreta com clareza o que está à sua volta.
O celular é um potencializador. Tanto para o bem, quanto para o mal.
Para o bem, posso dar o exemplo de quem faz uso como uma ferramenta facilitadora de estudo e trabalho, que amplia os resultados nesse contextos, ou até mesmo nos relacionamentos, contribuindo para uma comunicação rápida e acessível de várias formas, independente de distância.
Para o mal, basta pensar nos mesmos contextos: estudo, trabalho e relacionamentos. Ao invés de pesquisar o que é fundamental para melhorar os resultados, se perde em outros estímulos que sugam sua atenção e abrem espaço para o medo da insuficiência, do fracasso.
No sentido negativo nos relacionamentos, a boa mensagem se torna uma péssima mensagem. O carinho que poderia ter sido manifestado de forma leve e prazerosa, transformado em uma cobrança buscando controle, ou pelo menos, a fuga do medo de perder a pessoa ou não ser mais bem visto por ela.
Se você já se sentiu ansioso sabe como o tentar não ficar mais ansioso é um tiro no próprio pé. Só gera mais medo, angústia, e por consequência, ansiedade antecipatória.
Quando se está em tal desequilíbrio é preciso buscar se conectar com alguma atividade que realmente fixe a sua atenção, criando assim um ambiente com estímulos mais adequados, e ao mesmo tempo, limitados no bom sentido da palavra. No sentido de não terem muitas possibilidades de gerar prejuízo para si próprio como em mensagens inadequadas enviadas pelo celular.
