O termo “Psiconeuroimunologia” foi introduzido por Robert Ader, em 1981, para definir o campo da ciência que estuda a interação entre o sistema nervoso central (SNC) e o sistema imunológico.
Atualmente, um grande corpo de estudos tem fornecido muitas evidências que revelam as comunicações bidirecionais entre os sistemas neuroendócrino, neurológico e o sistema imunológico. Muitos estudos também têm demonstrado que uma variedade de estressores físicos e psicossociais podem alterar a resposta imune através dessas conexões.
A liberação do cortisol a partir do córtex adrenal, das catecolaminas a partir da medula adrenal e da norepinefrina a partir dos terminais nervosos prepara o indivíduo para lidar com as demandas dos estressores metabólicos, físicos e/ou psicológicos e servem como mensageiros cerebrais para a regulação do sistema imunológico.
Atualmente, esta perspectiva tem sido utilizada para entender como eventos estressores (ex. desemprego, divórcio ou morte de ente querido), associados a características e estados psicológicos (ex. humor triste, isolamento social, ansiedade), repercutem na resposta do sistema imunológico e à susceptibilidade à doença. PSICOSSOMÁTICA.
ENTENDA: Com a descoberta da relação bidirecional entre o sistema imunológico e o cérebro, tornou-se possível considerar que o desenvolvimento e funcionamento do cérebro em longo prazo podem ser afetados por estressores psicossociais da infância que afetem o desenvolvimento do sistema imunológico. Desse modo, crianças que sofreram traumas e estresse psicológico durante a infância podem sofrer prejuízos no desenvolvimento cerebral, podendo, quando adultas, estar mais sujeitas a transtornos psicológicos.
Desta feita, o corpo humano pode ser visto como uma rede interligada de sistemas de informação intrapessoal – por exemplo, entre os sistemas genético, imunológico, hormonal, neurológico. Lembrando que o indivíduo possui um aparelho psíquico, com seus sistemas da consciência e do inconsciente, interligado a todos os outros sistemas.
Vale dizer que na perspectiva dialética entre psique e corpo, entre saúde e doença, entre concretude orgânica e estrutura psíquica, intermediada pelo significado simbólico, que o referencial de uma psicossomática e de uma proposição clínica simbólica pode existir.
PORTANTO, a mente possui capacidade de simbolizar de forma linguística e extralinguística, sendo um meio para codificar informação processante ou eminente, ambas intra personalidade e interpersonalidade.