Psicologia Institucional

Psicologia Institucional, é um capitulo recente no desenvolvimento da psicologia e ninguém pode, na atualidade, ostentar nem se apoiar em uma vasta experiência. Logo, se torna cristalino considerar que esta psicologia se insere tanto na história das necessidades sociais como na história da psicologia e, dentro desta última, não se trata só de um campo de aplicação da psicologia, mas, sim, fundamentalmente, de um campo de investigação; não há possibilidade de nenhuma tarefa profissional correta em psicologia se não é, ao mesmo tempo, uma investigação do que está ocorrendo e do que está fazendo.

Oportuno se torna mencionar que a psicologia institucional não é um ramo da psicologia aplicada, mas sim um campo da psicologia, que pode significar em sim mesmo um avanço extraordinário tanto na investigação como no desenvolvimento da psicologia como profissão.

Logo, podemos brevemente expor as seguintes etapas da investigação, quais sejam:

  1. a) Estudo de partes abstratas e abstraídas do ser humano (atenção, memória, juízo, etc.)
  2. b) Estudo do ser humano como totalidade, mas abstraído do contexto social (sistemas mecanicistas, energetistas, organicistas, etc.)
  3. c) Estudo do ser humano como totalidade nas situações concretas e em seus vínculos interpessoais, ou seja, âmbitos psicossocial, sócio dinâmico, institucional e comunitário.

 

Nesse raciocínio, devemos considerar que o estudo das instituições abrange três referenciais fundamentais, em estreita relação e interdependência, mas que podem ser caracterizados como: a) estudo da estrutura e dinâmica das instituições; b) estudo da psicologia das instituições; c) estratégia do trabalho em psicologia institucional.

Sumariando, podemos narrar que em Psicologia Institucional, interessa-nos a instituição como totalidade, podemos nos ocupar de uma parte dela, mas sempre em função da totalidade. Para isto, o psicólogo deduz sua tarefa de seu próprio estudo diagnóstico, diferente do psicólogo que trabalha em uma instituição, mas em funções que lhe são fixadas pelos diretores da mesma ou por um corpo profissional, que não deixou lugar para que o psicólogo deduzisse sua tarefa de uma avaliação própria e técnica da instituição. No primeiro caso o psicólogo é um assessor ou condutor e, no segundo, é um empregado e a tarefa que concerne a psicologia institucional não pode se realizar em situação de empregado, mas sim na de assessor ou consultor, haja vista uma distância ótima na dependência econômica e na dependência profissional, que é o manejo técnico das situações.

Notório se faz necessário para psicólogo conhecer os objetivos explícitos de uma instituição para decidir e realizar sua tarefa profissional, pois, esses estudos e sua dinâmica, bem como suas consequências, devem também ser valorizados as finalidades ou objetivos que a instituição tem para solicitar a colaboração profissional de um psicólogo e aqui contam tanto objetivos explicitados como aqueles que forma parte das fantasias da instituição, que podem, por outra parte, ser totalmente inconscientes.

Por essa psicologia se tem compreensão sobre o estudo dos fatores psicológicos que se acham em jogo na instituição pelo mero fato de que nela participam seres humanos e pelo fato da mediação imprescindível do ser humano para que ditas instituições existam.

A dinâmica psicológica que nos interessa é a que tem lugar quanto ao fato de que cada indivíduo tem sua personalidade comprometida nas instituições sociais e se conduz com respeito às mesmas em quantidade de precipitados de relações humanas e em qualidade de depositárias de partes de sua própria personalidade.