A gagueira (tartamudez) conforme o CID-10 conceitua que: “é caracterizada por repetições ou prolongamentos frequentes que perturbam a fluência verbal, que só se considera como transtorno caso a intensidade da perturbação incapacite de modo marcante a fluidez da fala”.
Sendo assim, a maneira de falar do individuo que gagueja é a parte percebida do problema; a outra parte são as atitudes, valores, medos e sentimentos de cada indivíduo referente à sua imagem falada, e o tratamento deve englobar ambas as partes.
Também é caracterizada pela repetição de sons, fonemas, letras ou palavras. É uma série de interrupções no sucessivo discurso falado. O ato pode vir acompanhado de “tiques”, como fechar os olhos, além de tensão muscular e emocional intensa, tipicamente percebidos em indivíduos com tal disfluência.
Portanto, as causas podem ser de origem psíquica, como traumas ou aprendizagens indesejáveis no passado, a convivência com familiares ou amigos com essa dificuldade. Ou mesmo uma disfluência leve na infância, que pela pressão do ambiente onde está inserido, acaba em gagueira. Por vezes pais autoritários, ansiosos, agressivos e que esperam muito do filho, pode influenciar. Além de possíveis fatores genéticos. As vezes o que temos é um conjunto de causas e não apenas uma.
A terapia, irá atuar em aprendizagens passadas, que possivelmente causaram a gagueira, ou mesmo, aprender coisas no presente que permitam a superação, sem necessariamente ir ao passado. Muitos são os fatores educacionais, familiares e/ou sociais, que tem grande influência e, é importante analisar como o indivíduo vê a si mesmo e ao outro. Se tem momentos em que não gagueja e porque. As vezes, interagir com pessoas agressivas com as palavras piora bastante. Por terem tido uma educação autoritária, quando se veem nessas situações, gaguejam mais. Deste modo, verificar o histórico das aprendizagens do paciente possibilita um diagnóstico, mais preciso.