Compulsão por INTERNET e REDE SOCIAL

Em nossos novos tempos a Internet se tornou uma mídia de relacionamento isolado. O individuo fica sozinho se relacionando com outras pessoas, com informações, diversas, produtos, serviços, enfim com o mundo, muito embora essa comunicação possa ser feita pela linguagem escrita, falada, com sons e imagens.

Vale esclarecer que a Internet apresenta uma diversidade cada vez maior e as pessoas aprendem conviver com a liberdade de escolha, sendo que o conhecimento de cada pessoa é que vai indicar para cada pessoa o que é bom.

Oportuno se torna elucidar que, usar o computador durante oito horas diárias no trabalho e ainda passar boa parte do tempo conectado em casa, no trânsito e na escola passou a ser um hábito de muitas pessoas. Para alguns especialistas, essa conexão exagerada pode se tornar um vício e trazer problemas aos usuários compulsivos, com tendência ao agravamento quando se trata de redes sociais como o Facebook ou o Twitter. Pesquisa recentemente divulgada pela Universidade de Chicago (Estados Unidos) apontou que checar o Facebook é mais tentador para seus adeptos do que passar a noite com seus respectivos cônjuges.

Nesse sentindo, é crucial continuarmos a esclarecer que, dos bilhões de internautas de todo o mundo, cerca de 10% são considerados viciados, enquanto 20% dos usuários de celulares também fazem uso exagerado de seus aparelhos móveis, informa Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso do Hospital das Clínicas de São Paulo e co-autor do livro Dependência de Internet – Manual e Guia de Avaliação e Tratamento. “A maioria das pessoas que desenvolve uma dependência tecnológica apresenta depressão, fobia social ou transtorno bipolar de humor. Um indivíduo que tenha dificuldade de se relacionar socialmente acaba usando a internet ou o smartphone para contornar essa dificuldade”, acrescenta. “É o que chamamos de comorbidade – a presença de um outro problema associado”, explica o especialista.

A internet modifica a cada dia mais e mais os relacionamentos das pessoas em geral, o relacionamento familiar, as comunicações, o comércio, ou seja, vem ressignificando todas as instâncias e níveis sociais e, ainda não podemos afirmar onde chegaremos com essa nova realidade.

Portanto, não devemos ignorar essa nova realidade, apenas não podemos deixá-la que tome conta de nossas vidas ou chegue a potencializar ou encorajar outras dependências psicológicas.

A terapia auxilia o indivíduo a buscar e perceber um novo significado para sua compulsão pela internet e rede social, buscando conjuntamente não o abando da utilização desses meios de comunicação e sim mostrando e ressignificação existirem outras e novas possibilidades para este fim e, consequentemente trazendo o indivíduo de volta para o convívio social desejado.