Como superar o LUTO

Perder alguém próximo e que amamos, as vezes causa uma dor insuportável.

 

A vida é um ciclo em que é preciso ser capaz de compreender cada uma das suas etapas.

 

        Falar de morte não é algo comum. Costumamos falar na vida como somente planos, sonhos, conquistas, perspectivas, chegadas, etc… e anulamos o fato da finitude, da partida, das perdas do fim, ou seja da morte que também é parte do ciclo da vida.

 

          É importante ressaltar que falar no assunto é fundamental para entender e saber como lidar com esse processo que faz parte da vida.

 

        Em nossa cultura ninguém é preparado para vivenciar os processos de perda, mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde estaremos diante desta situação.

 

Para quem fica a morte é sinônimo de luto, de tristeza e porque não de superação.

 

Para alguns, o luto parece eterno, para outros, é apenas mais uma etapa da vida em que o tempo irá resolver.

 

O luto também deve ser vivido, sentido e compreendido, para que possamos restabelecer nosso equilíbrio emocional interno.

 

O luto é o processo emocional e sentimental que vivencia a ausência e o vazio causado por uma perda, as vezes é associado à angústia da perda de algum ente ou pessoa que morreu, mas também vivenciamos o luto em outros tipos de perda, portanto, o LUTO é um processo, um conjunto de reações e emoções, resultado de uma perda muito impactante.

 

 

FASES DO LUTO

1) NEGAÇÃO

2) RAIVA

3) BARGANHA

4) DEPRESSÃO

5) ACEITAÇÃO

 

 

 

SINTOMAS DO LUTO

 

 

Além das que citamos aqui, há também uma lista comum de reações emocionais e psicossomáticas que caracterizam o luto:

a) Crises de ansiedade;

b) Estresse;

c) Crises de choro;

d) Dores de cabeça;

e) Compulsão alimentar;

f) Melancolia e culpa;

g) Insônia;

h) Desânimo intenso para realizar qualquer atividade.

 

 

Além de não nos apegarmos a uma ideia de que o luto ocorre em fases cronológicas, ordenadas, com tempo certo de duração, devemos saber que as etapas podem surgir bastante embaralhadas, ou seja, reações e sentimentos podem se misturar e se intercalar de forma bastante turbulenta. Especialmente no princípio do processo de luto, quando as emoções estão naturalmente caóticas.

 

Também é muito comum que, após o estágio da aceitação, eventos resgatem sensações que se julgavam superadas. Datas específicas, imagens, lugares, cheiros, músicas… Tudo pode suscitar uma lembrança afetiva, capaz de restaurar sofrimentos.

 

Isso não significa um retrocesso. É apenas testemunho de que o amor que sentimos não foi esquecido. O ente querido é parte de nós. Vive em nossa memória.

 

O acompanhamento psicológico não elimina a dor dessa ausência. O que a terapia promove é a memória saudável, que não se quer evitada por representar um peso.

 

Em nossas lembranças, podemos homenagear os entes queridos. Encontrar gratidão pelo tempo desfrutado juntos. Enfim, uma saudade que não encerra o luto, mas o transforma numa compreensão superior — quando a falta encontra a paz.