Autópsia Psicológica

A autópsia psicológica – gramática correta é necropsia psicológica – pode ser definida como um tipo de avaliação psicológica realizada retrospectivamente através de uma investigação imparcial, que objetiva compreender os aspectos psicológicos de uma determinada morte.

FEITO POR UM PERITO PSICÓLOGO.

Busca-se compreender o que havia na mente do indivíduo. Ela visa reconstruir a vida psicológica de um indivíduo, analisando o seu estilo de vida, a personalidade, a saúde mental, os pensamentos, os sentimentos e os comportamentos precedentes a morte, a fim de alcançar um maior entendimento sobre as circunstâncias que contribuíram para o fato.

Além disso, a autópsia psicológica pode auxiliar no esclarecimento do modo da morte, que pode ser natural, acidental, por suicídio ou homicídio.

Nesse rumo, a autópsia psicológica envolve basicamente dois procedimentos principais:

1) entrevistas com pessoas que conheciam e conviviam com o falecido, como cônjuge, parentes, amigos, empregados, profissionais que o acompanharam, entre outros; e 

2) coleta e análise de documentos relevantes, como prontuários, registros clínicos, diários pessoais, nota de suicídio, se houver.

 

Apesar de a autópsia psicológica ter uma aplicação primordialmente dirigida ao contexto suicida, com esta revisão podemos confirmar que tem se demonstrado um emergente instrumento de apoio à investigação criminal de mortes suspeitas, tentando definir sua validade e fiabilidade neste tipo de investigação.

Este estudo permite também confirmar sua proficiência para realizar avaliações retrospectivas indiretas em casos de alta complexidade permitindo orientar o juiz face às probabilidades acerca do ocorrido

Portanto, esta pode auxiliar a determinar o estado mental do falecido antes de sua morte e orientar investigações sobre possíveis autores do ato criminoso e reduzir o número de suspeitos com base na reconstrução da história de vida anterior da vítima. Por outro lado, apesar do questionamento científico da validade e confiabilidade da autópsia psicológica como procedimento devido à falta de um modelo único, padronizado e a fragilidade da metodologia utilizada para o seu desenvolvimento, sua aplicabilidade e metodologia padronizada poderá futuramente ser viável num contexto forense.

Em suma, a autópsia psicológica no caso de mortes suspeitas ainda não possui os recursos necessários para responder aos quesitos exigidos pela justiça e um rigor científico e metodológico, mas é de extrema importância para estes casos e que seja possível que tenha esta capacidade com o avanço de seus estudos, mas não como ato definitivo de modo da morte, pois como visto, apresenta variáveis que não podem ser controladas por qualquer rigor cientifico e devido à complexidade do ser humano, mas poderá futuramente ser utilizada como prova em tribunal.