AFINAL, O QUE É SER NORMAL?
No senso comum a normalidade tem sido associada às características daquilo que é “desejável” ou “indesejável”, ou àquilo que é “bom” ou “ruim”.
Se tratando da normalidade em psicopatologia e medicina, existem alguns critérios que podem a definir da seguinte forma:
✓Normalidade como ausência de doença ou sintomas;
✓Normalidade ideal, que está relacionada na adaptação do sujeito às normas e políticas da sociedade;
✓Normalidade estatística, que tem como base a norma e a frequência, ou seja, aqui o normal é tudo aquilo que se observa com mais frequência na sociedade, como horas de sono, tensão arterial, quantidade de sintomas ansiosos, entre outros;
✓Normalidade como bem-estar físico, mental e social;
✓Normalidade funcional, ou seja, o fenômeno só é considerado patológico quando produz sofrimento para o sujeito ou para seu grupo social;
✓Normalidade como processo, nesse caso são avaliadas as crises e mudanças do individuo conforme a sua fase do desenvolvimento;
✓Normalidade subjetiva, que é a própria percepção de bem-estar do individuo em relação a seu estado de saúde, porém esse critério tem um ponto falho, pois existe a possibilidade desse sentimento existir dentro de transtornos mentais graves, como o transtorno bipolar;
✓Normalidade como liberdade existencial de transitar sobre o mundo e assumir as consequências de suas escolhas;
✓Normalidade operacional, que segue princípios lógicos e objetivos, como o CID e DSM, que define o que é normal e patológico e trabalha em cima desses conceitos;
Por fim, os critérios de normalidade variam consideravelmente em função dos fenômenos apresentados, e devem ser encarados com postura e de forma reflexiva, pois não há rótulos que definam o ser.