Advogados estão em 2º lugar no ranking das 10 profissões com mais psicopatas

Você sabia que não é preciso ser um “serial killer” para ser um psicopata? Algumas carreiras e ambientes profissionais estão favorecendo a ascensão profissional de pessoas com traços deste tipo de desvio de personalidade.

 

Portanto, ter um colega de trabalho psicopata pode ser mais comum do que se imagina e isso não significa que alguém será cortado com uma serra elétrica. Falta de empatia, tendência à insensibilidade, desprezo pelos sentimentos de outras pessoas, irresponsabilidade, irritabilidade e agressividade são as principais características da psicopatia, um transtorno de personalidade antissocial.

 

Uma pesquisa feita pelo psicólogo Kevin Dutton, da Universidade de Cambridge, e mais um time de especialistas, argumentam e sustentam a tese em seu mais recente livro “The wisdom of psicopaths”, Dutton vai além e lista as profissões onde pessoas com tendências psicopatas são mais prevalentes – e o que os (ditos) normais podem aprender com elas.

 

Conforme os argumentos do pesquisador, os executivos lideram a lista de pessoas com mais chances de ter traços psicopatas. A afirmação não é gratuita, pois, juntamento com um grupo de cientistas, o psicólogo Paul Babiak descobriu que 3,9% dos profissionais que ocupam um cargo em nível executivo apresentam traços psicopatas. Na sociedade como um todo, pessoas com estas tendências representam 1%.

 

Na lista organizada por Dutton aparecem profissionais como advogados, vendedores, cirurgiões, jornalistas e até membros do clero. O que essas carreiras têm em comum? Quase todas exigem um comportamento mais objetivo, frio e, em alguns casos, persuasivo na sua rotina profissional.

 

Oportuno se torna mencionar que pessoas com traços psicopatas tendem a ser insensíveis, narcisistas, antissociais, impulsivas, detentoras de um charme superficial, senso de grandiosidade e zero sentimento de empatia ou remorso.

 

Nesse raciocínio podemos dizer que a combinação destes fatores torna empresas e carreiras “que mantém um ritmo de trabalho rápido, têm equipes enxutas e vivem sob constante mudança muito atrativas para pessoas com esses traços”, como afirmou Babiak, que também é autor do livro “Snakes in Suits: When Psychopaths Go To Work” (Editora Harper).

 

Portanto é notório que as próprias empresas acabam seduzidas por profissionais com este tipo de perfil. “A análise [de Dutton] reforça a ideia de que a química megalomaníaca que caracteriza uma mente criminal psicopata é uma prima próxima do grupo de traços geralmente recompensados pelo capitalismo”.

 

Para o psicólogo Dutton, se empregadas na medida certa, estas características são até necessárias para as conquistas profissionais no mundo de hoje, e conforme argumenta: “Há sete princípios da psicopatia que, se repartidos criteriosamente e aplicados com cuidado e atenção, podem nos ajudar a conseguir exatamente o que queremos; podem nos ajudar a responder em vez reagir aos desafios do mundo moderno e que podem transformar nossa perspectiva de vítima para a de um vencedor – sem com que nos tornemos vilões”, comenta o autor em uma das passagens do livro.

 

Crucial destacar que a lista é polêmica e incentiva até um pouco de crueldade como característica importante para o sucesso. Mas, apesar de controverso, não é difícil identificar a valorização de alguns destes traços no mundo corporativo.

 

Em outras profissões, no entanto, o que conta mais é as relações humanas, a empatia, o compadecimento com o próximo. Por isso nas outras carreiras expostas no último quadro, conforme Dutton, as chances de encontrar psicopatas são menores.

 

 

PROFISSÕES COM MAIOR % DE PSICOPATAS

1. CEO

2. ADVOGADOS

3. Apresentador de rádio e TV

4. Vendedor

5. Cirurgião

6. Jornalista

7. Policial

8. Pastor

9. Chefe de cozinha

10. Funcionário público

 

 

PROFISSÕES COM MENOR % DE PSICOPATAS

1. Cuidador de idosos

2. Enfermeiro

3. Terapeuta

4. Artesão

5. Esteticista

6. Voluntário

7. Professor

8. Artista

9. Médico

10. Contador