- Baixa autoestima
Por razões hormonais, os adolescentes passam por transformações em sua aparência de modo bastante abrupto. Ainda que internamente as mudanças também sejam radicais, a questão estética costuma afetar mais, uma vez que é o que todos percebem primeiro.
Desde o crescimento dos seios nas meninas até problemas com acne ou estrutura corporal, pode existir uma certa dificuldade de lidar com tudo isso até mesmo pela preocupação com o visual. As insatisfações e inseguranças acabam refletindo em baixa autoestima, além de outros efeitos psicológicos e emocionais.
- Falta de disposição
É muito comum que os adolescentes sintam-se frequentemente cansados. Isso também está relacionado às transformações metabólicas. Por essa razão, apresentam maior necessidade de repouso prolongado.
Vale lembrar também que essas mudanças no metabolismo tornam a digestão deles mais lenta, fazendo com que fiquem mais letárgicos e sem disposição após as refeições. Portanto, saiba que nem tudo é preguiça! Apesar de ser importante motivar que eles se mantenham ativos, cabe uma dose de compreensão.
- Falta de amigos ou isolamento social
Os adolescentes desejam ser aceitos e integrados aos grupos. No entanto, muitos jovens têm dificuldades para construir amizades e ficam isolados na maior parte do tempo.
A falta de identificação ou a timidez são exemplos de barreiras que precisam ser reconhecidas, trabalhadas e superadas para que exista um convívio social saudável. Viver sempre sozinho pode ser preocupante nessa fase, fora que a solidão é capaz de desencadear outros problemas, como um quadro depressivo.
- Pressões escolares
Um dos grandes fatores de ansiedade e estresse na adolescência é a preocupação com o rendimento escolar. Acontece com frequência que os jovens, devido à intensidade das questões vivenciadas e ao uso excessivo de aparelhos eletrônicos, acabam deixando os estudos em segundo plano.
As cobranças da família e da escola podem levar à insônia, frustração, ansiedade e até depressão. Em algum momento, as escolhas profissionais também passam a fazer parte desse contexto, e manter o equilíbrio é muito importante para fazer boas escolhas.
- Bullying
Apesar de não ser uma novidade, o bullying passou a ser entendido e discutido como um problema social mais recentemente. As provocações podem começar na infância, mas na adolescência normalmente ficam ainda mais intensas, e as suas consequências afetam as vítimas de diferentes maneiras.
Infelizmente, vemos casos graves de jovens que chegam até a tirar suas vidas por conta disso. Aprender a conviver em sociedade e a respeitar as pessoas precisa ser uma prioridade da formação de qualquer pessoa, evitando a prática do bullying em qualquer situação.
- Relações amorosas
A OMS considera que a adolescência se estende até os 19 anos de idade, o que geralmente coincide com a época das descobertas amorosas. Então, a falta de experiência ou mesmo de maturidade emocional é capaz de trazer alguns conflitos quando os jovens começam a ter seus relacionamentos.
Nesse sentido, a educação sexual é um dos temas a serem abordados, além de toda orientação e suporte para que eles vivam relações saudáveis.
- Vícios
Comportamentos compulsivos representam um risco par o bem-estar em qualquer idade, não só na adolescência. O que acontece é que nessa fase começamos a agir com mais independência do que na infância, surgindo certo espaço para que vícios sejam adquiridos. Além do perigo das drogas, por exemplo, outros problemas, como o vício em tecnologia, fazem parte do radar dos pais das novas gerações.
Como as famílias podem ajudar?
A melhor forma de apoiar o seu filho nesse período difícil da vida é estreitar os laços com ele, por meio do diálogo aberto e franco e do acolhimento. Uma boa opção é incentivar que participe de atividades que geram prazer e de grupos com os quais compartilha interesses em comum. Demonstrar atenção e parceria é essencial para fortalecer esse vínculo.
Por outro lado, críticas e cobranças constantes tendem a afastá-lo de você, portanto, procure ter bastante paciência e, principalmente, empatia e respeito. Lembre-se de que nós, adultos, também já passamos por essa fase de problemas na adolescência! As imposições precisam ser analisadas com cuidado, para que não ultrapassem limites, causando o efeito contrário mesmo quando a intenção é proteger e ajudar.
A educação socioemocional é também uma maneira de ajudar os jovens a passarem por esse período intenso e repleto de transformações com mais equilíbrio. Isso vai ajudar no desenvolvimento dos jovens em diversos sentidos, tanto na dedicação à vida escolar quanto na formação integral de cada um deles.
