Torna-se impossível comentar sobre a cura pela fala e a técnica da livre associação sem mencionar um dos pilares psicanalíticos: a descoberta do inconsciente.
Freud trouxe a noção de “um lugar” desligado da consciência, repleto de imagens mentais e paixões e suas discordâncias. Na teoria de Freud, o sujeito é livre em sua razão consciente. Contudo, sua fala e seus atos inconscientes, surgem sobre o horizonte de sua própria cura ou adoecimento psíquico. Uma verdadeira relação do homem consigo mesmo.
Nesse rumo, Freud considera que o ego não é dono de si em sua própria casa, nesse interim, Freud dá outro lugar às palavras e vai além delas, buscando aquilo que é dito, mas, também, aquilo que é não dito. Por meio das palavras, o sujeito fala de algo que quer falar e, também, daquilo que ele quer esconder. Portanto, a escuta em Psicanálise não é qualquer escuta, pois se propõe escutar o que não se ouve, ir muito além do que se vê, escutando o conflito, a angústia do ser humano.
Ora, a questão principal da psicanalise, é atravessar barreiras do consciente para alcançar o inconsciente, isso constitui o processo de análise.
