Transtorno de Personalidade EVITATIVA ou ESQUIVA

O assunto transtorno da personalidade EVITATIVA – TPE, um padrão importante de inibição social, sentimentos marcantes de inadequação e uma sensibilidade muito acentuada diante da possibilidade de receber avalições negativas de outras pessoas. Também conhecida com TRANSTORNO DE PERSONALIDE DE ESQUIVA.

 

Pessoas com transtorno de personalidade esquiva têm sentimentos intensos de inadequação e lidam de maneira mal-adaptativa evitando quaisquer situações em que podem ser avaliadas negativamente.

 

Comorbidades são comuns. As pessoas muitas vezes também têm transtorno depressivo maior, transtorno depressivo persistente, transtorno obsessivo-compulsivo ou transtorno de ansiedade (p. ex., transtorno do pânico, particularmente fobia social [transtorno de ansiedade social]). Eles também podem ter outro transtorno de personalidade (p. ex., dependente, borderline). Pacientes com fobia social e transtorno de personalidade esquiva têm sintomas mais graves e incapacidade do que aqueles apenas com um dos transtornos.

 

Pesquisas sugerem que as experiências de rejeição e marginalização durante a infância e características inatas da ansiedade e esquiva sociais podem contribuir para transtorno de personalidade esquiva. Esquiva em situações sociais foi detectada tão cedo quanto aos 02 anos de idade.

 

Pessoas com transtorno de personalidade esquiva/evitativa evitam interação social, incluindo aquelas no trabalho, porque temem que eles sejam criticados ou rejeitados ou que as pessoas irão desaprová-los, como nas situações a seguir:

 

a) Eles podem recusar uma promoção porque temem que colegas de trabalho vão criticá-los.

b) Eles podem evitar reuniões.

c) Eles evitam fazer novos amigos a menos que tenham certeza de que serão aprovados.

 

Pessoas com transtorno de personalidade esquiva anseiam por interação social, mas temem colocar seu bem-estar nas mãos dos outros. Como esses pacientes limitam suas interações com as pessoas, eles tendem a ser relativamente isolados e não têm uma rede social que possa ajudá-los quando precisam.

 

Essas pessoas são muito sensíveis a qualquer coisa ligeiramente crítica, desaprovação ou ridicularização porque pensam constantemente sobre serem criticados ou rejeitados por outros. Eles estão atentos a qualquer sinal de resposta negativa a eles. Sua aparência tensa e ansiosa pode provocar zombaria ou ridicularização, parecendo assim confirmar suas autodúvidas.

 

Baixa autoestima e um senso de inadequação inibem essas pessoas em situações sociais, especialmente as novas. Interações com novas pessoas são inibidas porque os pacientes se consideram socialmente ineptos, desagradáveis e inferiores aos outros. Eles tendem a ser quietos e tímidos e tentar desaparecer porque acham que se disserem alguma coisa, os outros dirão que isso está errado. Eles relutam em falar sobre si mesmos temendo ridicularização ou humilhação. Eles temem que irão ruborizar ou chorar quando forem criticados.

 

Pessoas com transtorno de personalidade esquiva são muito relutantes em assumir riscos pessoais ou participar de novas atividades por razões semelhantes. Nesses casos, eles tendem a exagerar os perigos e usar sintomas mínimos ou outros problemas para explicar seu lado esquivo. Eles podem preferir um estilo de vida limitado por causa da sua necessidade de segurança e certeza.

 

Para o psicodiagnóstico, é necessária a presença de pelo menos cinco destas características abaixo declinadas vejam:

 

1) evitação de atividades profissionais ou estudantis que impliquem contato interpessoal significativo, pois a pessoa tem muito medo de críticas, desaprovação ou rejeição.

2) falta de disposição para se envolver com outras pessoas.

3) reserva e evitação de relacionamentos íntimos, decorrentes do medo de passar vergonha ou ser ridicularizado.

4) MUITA preocupação com possíveis críticas ou rejeição em situações sociais.

5) inibição para interações, decorrentes dos sentimentos de inadequação.

6) tendência a ver a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais ou inferior aos outros.

7) relutância em assumir riscos pessoais ou se envolver em atividades ou situações novas por medo de constrangimentos.