Medo da Morte

Morremos, livre da previsão do tempo, da previsão do outro, em dias de trânsito caótico, em frente ao mar, entre as árvores. Ora, ora, ora, morremos até fazendo a barba ou mesmo fazendo amor, por vezes fazendo aquela saborosa comida. Pois é, morremos, também, assistindo um filme, algumas vezes morremos lendo um livro, morremos também durante uma conversa.

 

Pois é, às vezes nossos planos para o futuros nem sempre irão acontecer. Esperamos o amanhã para viver o nosso hoje. Esperamos um grande amor, que nem sempre chega, para entender de abraços, beijos e carinhos.

 

Esperamos o emprego ideal para realizarmos o nosso melhor. Nós e nossas esperas…viver vai se delineando em esperas e pausas, como se o tempo fosse um senhor adormecido.

 

Falta desligarmos parte de nossas expectativas e simplesmente sermos. Amar, muito, quem fica e quem vai embora, porque são partes nossas, amar, quem nos visita, ter olhos para o café quente e a conversa, boba, tola e, por isso, deliciosa, priorizar o que nossos olhos alcançam, a cama estendida cheirando cuidado, as flores, o entardecer, o vento no varal, a vida pequena, cotidiana, linda, o bom dia…