Aqui podemos afirmar que por diferentes razões e motivações as pessoas fumam. Podemos iniciar apenas em um momento de experimentação, para serem inclusos num determinado grupo social. Em épocas passadas fumava-se por status. Mantêm-se fumando por prazer, para diminuir a ansiedade, a tensão, para enfrentar determinadas situações ou coroar um sucesso. O cigarro causa dependência tanto física, quanto psíquica, por isso o tratamento deve levar em conta estes dois aspectos.
Com a terapia, é importante verificar quais são os ganhos que o paciente fumante tem com o cigarro. Não se pode tirar algo como o cigarro de alguém, sem lhe oferecer nada em troca. É necessário desenvolver novas formas de obter prazer, novas formas de combater a ansiedade, o nervosismo, ou enfrentamento de diferentes situações.
Para o fumante, normalmente não importa o quanto se fale que o cigarro pode desenvolver câncer de pulmão e outros, e que por isso poderá morrer. Que o cigarro pode levar a um enfarto do coração, um derrame cerebral, que o olfato, o paladar e a respiração ficam debilitados, isso não o convencerá. O fumante continuará fumando, é como se nada disso fizesse sentido. Para o fumante o cigarro “faz bem”. A questão não é fumar, mas sim porque ele fuma.
O tratamento deve buscar o desenvolvimento de novas formas de pensar e agir, que provocarão ou proporcionarão os mesmos ou melhores prazeres que o cigarro proporciona, porém hábitos mais saudáveis. O paciente deve provar a si mesmo que consegue viver bem e tranquilo sem o vício. Que tem estrutura para mudar de vida, e aceitar tais mudanças com naturalidade e bom humor.