O pai da psicologia moderna

Wilhelm Maximilian Wundt (1832-1920) foi filósofo, médico e psicólogo alemão, considerado o pai da Psicologia por toda sua contribuição para a área. Depois de estudar Medicina, Wundt trabalhou como um fisiologista na Universidade de Heidelberg e mais tarde na Universidade de Leipzig.

Ele é amplamente reconhecido como o fundador da psicologia experimental, uma disciplina que se concentra no estudo científico da mente e do comportamento humano.

Em Heidelberg, ele deu o primeiro curso universitário de Psicologia Científica e passou a escrever o primeiro livro de Psicologia, “Princípios de Psicologia Fisiológica” (Wundt, 1873-4). Em 1867, Wilhelm Wundt começa a ministrar um curso de Psicologia Experimental em Heidelberg, sendo esse o primeiro curso de psicologia formal na área experimental do mundo. Foram mais de 600 estudantes matriculados.

Em 1875, Wilhelm Wundt começou a mais longa e importante fase da sua carreira: na Universidade de Leipzig, onde trabalhou por 45 anos. Nesse período, separou a Psicologia da Filosofia e da Biologia e tornou-se a primeira pessoa a ser chamada de Psicólogo.

Wundt acreditava que a psicologia deveria se basear em métodos científicos rigorosos, e seu laboratório foi fundamental para transformar a psicologia em uma ciência independente e respeitada. Ele conduziu uma série de experimentos pioneiros para estudar a percepção, a memória, a sensação e outros processos mentais. Seu trabalho enfatizava a introspecção controlada, onde os participantes descreviam suas experiências mentais sob condições cuidadosamente projetadas.

Além de suas contribuições para a psicologia experimental, Wundt também fez importantes avanços no campo da psicologia social e da psicologia clínica. Seu trabalho influenciou gerações subsequentes de psicólogos e estabeleceu as bases para a abordagem científica do estudo da mente e do comportamento humano.

Após uma vida dedicada à pesquisa e ao ensino, Wilhelm Wundt faleceu em 1920, mas seu legado continua vivo na psicologia moderna. Seu trabalho pioneiro e sua ênfase na abordagem científica deixaram uma marca indelével no desenvolvimento dessa importante disciplina científica.

 

O Estudo da Psicologia Consciente de Wundt

Para Wundt, o objeto de estudo está na consciência e para estudá-la ele utilizou os métodos experimentais das ciências naturais. Ele adaptou muitas técnicas empregadas pelos fisiologistas para avançar com sua pesquisa da nova Psicologia. É importante destacarmos que Wilhelm Wundt pensava que a consciência incluía várias partes diferentes e podia ser estudada pela análise ou redução. Para ele, a consciência era ativa e organizava seu próprio conteúdo.

Wundt concentrou-se no estudo da própria capacidade de organização da mente, no qual atribuiu o nome de voluntarismo ao seu sistema. Voluntarismo é a ideia de que a mente é capaz de organizar o conteúdo mental de pensamento superior. Ele não enfatiza o elemento em si, mas o processo ativo de organização e síntese desses elementos. Para ele, os psicólogos deveriam dedicar-se ao estudo da experiência imediata; do contrário, a experiência mediata proporciona ao indivíduo informações/conhecimentos de algo além dos elementos de uma experiência.