Qual a relação entre elas?
A maioria das pessoas não sabe que a dor física que estão sentindo provém de uma dor psíquica.
A depressão pode ser um sintoma psicossomático da fibromialgia o que, por sua vez, agrava os sintomas das dores crônicas da fibromialgia.
Há vários estudos na medicina sobre a doença, mas não se sabe ao certo o que a desencadeou. A hipótese mais aceitável é de estresse psicológico, ou seja, como ela tem uma causa desconhecida e o fator orgânico não está presente, o mais provável é que ela seja uma síndrome de somatização.
Dor no corpo e dor na alma. A ciência descobriu que a fibromialgia, um distúrbio de dor e sensibilidades crônicas e generalizadas, e a depressão, um transtorno de saúde mental que também pode ser de certa forma incapacitante, muitas vezes estão relacionadas.
A fibromialgia é uma doença silenciosa e de difícil diagnóstico. Muitas vezes, é encarada como um transtorno apenas psicológico — o que não é verdade. Mais frequente entre mulheres jovens ou de meia-idade, o distúrbio se caracteriza por sensibilidade e dores persistentes no corpo todo, rigidez corporal, fadiga, dificuldades cognitivas, distúrbios do sono e, por consequência, comprometimento das atividades diárias. Além disso, ela pode também trazer consigo sintomas de ansiedade ou depressão.
Pacientes que possuem depressão junto à fibromialgia geram um círculo vicioso, tendo maiores dificuldades no tratamento da doença, sentindo mais dores e agravando todo o processo. Seguir um tratamento adequado da fibromialgia junto com o tratamento da depressão é fundamental para que a síndrome seja controlada.
Durante toda a vida as pessoas presenciam várias cenas e situações que podem ser traumáticas e que causam angústia. Concorda?
Contudo, para não sofrerem, essas informações são armazenadas — recalcadas — no inconsciente de forma que aquela imagem não esteja presente em sua lembrança.
Nesse rumo, essas lembranças recalcadas são pura energia psíquica, elas ficam aguardando o momento de retornar ao consciente e é nesse momento que começa o sintoma — a dor.
Portanto, ocorre algum gatilho, como uma imagem parecida ou um ‘flash’ de lembrança e aquele acontecimento que foi censurado anteriormente retorna, sendo exteriorizado no corpo em forma de doença.
Pessoas que sofreram carência afetiva na infância tem uma forte predisposição a apresentar uma série de doenças psicossomáticas, entre elas a fibromialgia, que é tida como uma “doença da alma.”
Outro exemplo de uma causa da dor crônica é o de pessoas que são perfeccionistas, preocupadas com o sucesso, beleza, posição social e status financeiro.
Essa cobrança diária, além de ser uma das causas da depressão e ansiedade generalizada, também podem ser a desencadeadora da fibromialgia. A pessoa não suporta a pressão dela mesma e acaba adoecendo.
Pessoas ciumentas, que não conseguem manter um equilíbrio emocional no relacionamento e que sempre estão às voltas com os cuidados direcionados ao parceiro são fortes candidatas a ter problemas emocionais sérios.
São as que deixam de viver suas vidas para fiscalizar de perto o que o outro está fazendo e pensando.
Todo esse estresse que se instala em um relacionamento desse tipo pode ser convertido em adoecimento físico.
Dificuldades em lidar com perdas amorosas e o luto também são fatores para o adoecimento psíquico, dada à fragilidade emocional.
Portanto, o ambiente em que a pessoa vive precisa ser saudável para uma boa formação de seu aparelho psíquico. A causa desses sintomas presentes na fibromialgia está no inconsciente e o corpo utiliza a doença como forma de externar sua dor.
Sobre tratamentos para fibromialgia, a pessoa tem que ter em mente que a ajuda terapêutica de um psicólogo ou psicanalista é essencial.
Um profissional em saúde mental pode auxiliar na reestruturação de seu equilíbrio psíquico e, assim, mitigar sua dor através da compreensão de suas causas.