Autoritarismo gera autoritarismo: será que você está seguindo esse padrão?
Essa é uma afirmação que devemos sempre levar em consideração. Muitos de nós crescemos com pais que não tinham consciência de como seus atos autoritários e agressivos poderiam impactar negativamente a vida dos filhos.
Eles apenas repetiram um padrão que também foi usado com eles. Nesse modelo, muitas vezes, não éramos vistos ou levados em consideração quando tentávamos ser autênticos, mas percebíamos que éramos aceitos quando obedecíamos ou fazíamos exatamente o que esperavam de nós. E, nesse processo, acabamos nos perdendo de quem realmente viemos a ser, deixamos de olhar para dentro e paramos de confiar na nossa verdadeira essência.
Muitas crianças foram criadas e empurradas para atender às expectativas dos pais, às suas questões idealizadas e para preencher as fantasias e sonhos não realizados por eles.
Como resultado de ter pais autoritários que seguiam uma educação rígida, eles entenderam que não eram dignos ou merecedores de amor incondicional, pois eram punidos e castigados quando cometiam erros, muitos eram maltratados e humilhados quando não obedeciam cegamente a seus pais.
Nesse rumo, quando o autoritarismo extremado ocorre repetidamente e por muitos anos, as consequências podem ser graves, a longo prazo, a recorrência do chamado stress tóxico na fase mais vulnerável do crescimento pode levar ao aumento de problemas de relacionamento, baixa autoestima e, em situações extremas, até dependência química.
À guisa de exemplificação: na psicologia, educação autoritária é aquela caracterizada por comportamentos excessivamente controladores, à base de grito, diálogos agressivos e repressão das emoções.
Mudar essa dinâmica é fundamental e urgente para que seja possível iniciar um processo de cura. Como adultos, podemos fazer uma escolha consciente de aprender a se tratar de outra forma, a escutar e validar as próprias necessidades e atendê-las sempre que necessário.
Essa caminhada é individual e intransferível. Enquanto não nos modificarmos internamente, não mudaremos positivamente a relação com os nossos filhos e com mais ninguém.