PNL é ciência ?

Eu uso e gosto de algumas coisas   –  Marketing multinível   —  O discurso dos pseudocientistas melhorou e está cada vez mais interessante.

Com postulados básicos, a PNL refere-se aos sistemas de representação, sistemas que uma pessoas possuem e que podem ser auditivos, visuais ou cinestésicos, de acordo com a forma que representará internamente o mundo exterior ou elementos externos e internos com as quais se envolve. NÃO HÁ PROVA CIENTÍFICA SOBRE ISSO.

O Conselho Nacional de Investigação, criado pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, encomendou ao Comitê de Técnicas para a Melhoria do Desempenho Humano a tarefa de investigar a PNL com o objetivo de determinar a sua validade como técnica terapêutica e de aprendizagem. As conclusões são claras:

Muitas das teorias que apelam a PNL e que citam como congruentes com ela, não têm aceitação científica (teoria do cérebro holográfico de Pribram, e a descrição do cérebro estatístico de John).

Na literatura sobre PNL não citam nenhum dado que corrobore a semelhança entre o movimento ocular e os sistemas representacionais. Os experimentos apresentados em apoio a PNL não são satisfatórios. O embasamento da PNL não é um conjunto de descobertas e preposições ordenadas de modo que implique que a PNL declara-se como uma estrutura; pelo contrário, está constituída por uma série de anedotas e fatos concatenados que não levam a nenhuma conclusão particular.

Há erros nas descrições dos processos biológicos básicos: Por exemplo, que a sinapse se define como uma conexão dendrito-dendrito, ao invés de dendrito-axónio. As referências biológicas e psicológicas estão desatualizadas. Não se menciona a neurotransmissores quando se fala da organização cerebral e o que se cita da psicologia cognitiva omite aos últimos 20 anos de trabalho. A conclusão geral é que não há evidência empírica que permita assegurar tanto as pretensões como a eficácia da PNL.

Apesar dessas conclusões, ainda se fala da eficácia da PNL como psicoterapia, como técnica de aprendizagem de trabalhos, na venda – onde a convicção é importante -, e a compreensão e influência interpessoal. Como toda pseudociência, o que a PNL tem de romance não tem de comprovação científica, e o que é eficaz não lhe pertence. Recordemos que, enquanto aprendizagem de modelos, a psicologia conta desde muito tempo com as técnicas de modelagem: modelo abstrato, modelo criativo, que constituem os processos de aprendizagem por observação.

Além disso, os resultados obtidos indicam que a PNL pode ser contraproducente: o fato de uma pessoa prestar atenção extrema nos movimentos, nas posturas e nas palavras de um interlocutor, pode fazer com que ela se distraia e se confunda.